Por que não?


Somos iguais na condição de sermos diferentes, mas somos indiferentes quando o assunto é felicidade alheia. "Cada um que procure a sua", (é o que sempre dizem), na maioria das vezes sem se importar com os meios, nem com as razões para encontrar a tal. 

A felicidade é o pico da montanha da vida onde todas as pessoas escalam mas nunca chegam lá. Nessa escalada o tempo vai passando e com ele vem as experiencias, as superações e as infinitas indagações.

Mas o desejo pela felicidade é incessante e quase sempre egoísta, pois muitas pessoas só a querem para si. A busca pela felicidade alheia é um caso raro, essa busca não tem importância para o egoísmo impregnado nas entranhas da razão. 

Admitir os erros é algo extremamente difícil para o ego, se preocupar com próximo então, deveria ser um ato natural mas não é, no mínimo o que se pode notar por trás da "benevolência" em muitas das ações humana é a vaidade, e isso é a solidariedade disfarçada. Respeitar os diferentes pontos de vista e o espaço íntimo de cada um é fundamental, mas poucas pessoas o fazem. Por que? 

Talvez seja porque grande parte da humanidade estejam perdendo aos poucos a essência de ser humano e não crer na possibilidade de felicidade coletiva. Ou talvez seja porque o "amar ao próximo como a si mesmo" ainda não tenha sido praticado verdadeiramente, ou ainda seja porque muitos esquecem diariamente de que somos irmãos perante o Divino. 

Temos a faca e queijo nas mãos para alcançar a tão desejada felicidade, basta amar sem segundas intenções, confiar sem interrogações, conviver bem como humanos que ainda somos, sorrirmos juntos e chorarmos juntos, por que não?

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